Você está CONVIDO(A) para a recepção de nosso maior Atleta de todos os tempos e Atleta da modalidade do Tênis de Mesa, Hugo Hoyama , pelo Prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho no Paço Municipal na próxima segunda-feira, dia 24 de outubro.
Gostaríamos imensamente de sua presença neste importante evento.
EVENTO:
RECEPÇÃO AO GRANDE ATLETA SÃOBERNARDENSE, HUGO HOYAMA PELO PREFEITO LUIZ MARINHO.
LOCAL: 19º ANDAR DO PAÇO MUNICIPAL
PRAÇA SAMUEL SABATINE, 50 - PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
DATA: 24/10/2011 - SEGUNDA-FEIRA
HORÁRIO: 15H00
O Atleta Hugo Hoyama , seguirá desde a esquina da Rua 28 de Outubro, no centro de São Bernardo, até o Paço Municipal pela Marechal Deodoro, com saída prevista às 14h00 em carro do Corpo de Bombeiros .
Estarão presentes no Paço Municipal, além de todas as autoridades, o Secretário de Esportes, José Luis Ferrarezi e todo o Secretariado da Prefeitura do Município, Vereadores, Atletas e C.Técnicas de São Bernardo e também as Atletas e Comissão Técnica da equipe HEXA-CAMPEÃ da Liga Nacional de Handebol Feminino da Metodista/São Bernardo .
Hugo Hoyama - A lenda do Tênis de Mesa
Nasci em São Bernardo do Campo em 09 de maio de 1969, cidade que ainda vivo. Sempre gostei de esportes, participava de todas as modalidades na escola. Comecei à praticar o tênis de mesa tênis de mesa aos 7 anos, na época estudava em uma escola japonesa chamada União Cultural Nipo-Brasileira de São Bernardo do Campo, e nos intervalos das aulas "brincava" jogando pingue-pongue com meus amigos. Um deles, César Kamiya, treinava num clube, e me chamou para conhecer o lugar, como eram os treinamentos, enfim como era o esporte.
Esse clube, também em São Bernardo do Campo, na época se chamava Palestra de SBC, onde os jogadores da Seleção Brasileira treinavam. Logo depois que comecei à praticar, meu amigo Cesar parou, pois decidiu continuar só estudando, e eu então continuei sozinho. Outros amigos meus, mais tarde, começaram a treinar, isso ajudou para que eu continuasse no esporte.
O técnico do clube se chamava Maurício Kobayashi, que 2 anos mais tarde se tornaria o técnico da Seleção Brasileira. Ele é um profissional muito exigente, que busca sempre o melhor do atleta com treinos fortes de forma rígida e disciplinadora. Maurício sempre deixou claro que é importante ter uma base muito boa, por isso os treinos eram "puxados" com ênfase nos detalhes dos movimentos da parte técnica. Sendo uma criança de 7 anos, ficava assustado com a linha de trabalho dele, mas quando ele observou, que eu estava interessado, tinha facilidade para aprender e jogar, e por ser canhoto, que é uma grande vantagem para um mesa tenista, pois dificulta muito o jogo para o adversário, resolveu investir no meu treino.
No começo, freqüentava duas vezes por semana e com 8 anos de idade, iniciei os treinos diários, abrindo a possibilidade de disputar campeonatos da Federação Paulista. O Maurício dizia que o esforço no começo seria grande, mas eu, com o passar dos anos, começaria à levar vantagem sobre os outros jogadores. O resultado veio quando venci o meu primeiro torneio, realizado na escola japonesa em que eu estudava. Foi um campeonato interno e eu estava na categoria pré-mirim, até 10 anos e a partir daquele momento comecei a conquistar campeonatos paulistas, brasileiros e sul – americanos nas categorias juvenil, até 17 anos.
Em 1985, a convite do Sr. Yaoita, presidente de uma empresa de equipamentos de tênis de mesa no Japão e ex-técnico da seleção japonesa e Sr. Kassahara, ex-jogador da seleção japonesa, fui fazer um estágio de 9 meses no Japão, treinando na Universidade Nihon Daigaku, que era a mais forte do país. Quando voltei, com 17 anos de idade, fui convocado pela 1ª vez para a Seleção Brasileira adulta, mas sabia que ainda tinha muito a desenvolver.
O Maurício, em alguns torneios de equipes, me colocava no banco de reservas observando outros atletas, para mostrar que se eu quisesse melhorar meu jogo, deveria aumentar a intensidade dos meus treinos e a minha concentração. Ele sabia que com essas atitudes eu não desistiria, mas continuaria com mais vontade de evoluir. O Maurício sempre acreditou que um dia eu seria o número 1 do Brasil.
Após o Japão, passei por novas experiências, na Suécia em 1988 no clube "Ranas BTK", de 1992 a 1994 na Bélgica no clube "Pantheon Royal Smash" e em 1996 novamente na Suécia no clube "Falkenberg".
No tênis de mesa fiz muitos amigos, que mantenho até hoje e nem preciso citá-los, pois eles sabem o quanto os considero, mas tenho que mencionar um dos grandes mesa tenista que o Brasil já teve e que também foi meu amigo, Cláudio Kano. Ele foi meu grande parceiro, aprendi muito com ele, principalmente porque era canhoto, como eu. Foi contra o Cláudio que ganhei o torneio mais importante para minha carreira, o Pan-Americano, em Havana, Cuba, em 1991. Joguei a final contra o Cláudio e o venci por 3 x 1. A partir daquele momento me tornei o número um do Brasil.
Ele foi um dos responsáveis pelo lugar que ocupo hoje no esporte, de uma certa forma, Cláudio me proporcionou uma das minhas maiores alegrias, mas também minha maior tristeza, quando nos deixou em 1996.
Após o falecimento do Cláudio, que ocorreu 3 semanas antes das Olimpíadas, fiquei muito abatido, mas não podia fraquejar, naquele momento teria que jogar por mim e pelo meu parceiro. Fui para Atlanta, onde obtive meu melhor resultado em Olimpíadas, derrotando Jorgen Persson, que estava entre os dez melhores jogadores do mundo. Eu e o meu técnico Wei estávamos muito confiantes. Continuei obtendo bons resultados, fui campeão Latino - Americano em 1998 e 2000 e campeão Sul - Americano em 2000, terminando o ano em 62° no ranking da ITTF (Federação Internacional do Tênis Mesa). Na minha carreira realizei muitos sonhos, são 14 medalhas em 6 participações em jogos Pan-americanos, sendo 9 de ouro, recorde absoluto brasileiro em medalhas de ouro, participei de 4 Jogos Olímpicos e já estou me preparando para disputar minha 5ª Olimpiada em Pequim.
Acredito que a minha carreira está longe de terminar, tenho muita vontade, muito condicionamento físico e apoio de meus amigos e da família, que é fundamental.Em relação a minha família, meus pais, desde o início, me apoiaram muito, acreditando no meu potencial com palavras de incentivo e força, quando mostrava falta de motivação em momentos difíceis.
Em algumas ocasiões estavam tão emocionados e entretidos com os jogos e torneios que me chamavam atenção no objetivo de incentivar e melhorar minha performance.
Sempre tentei retribuir este carinho e incentivo que continuam me dando até hoje. Posso dizer que são as pessoas que mais me apóiam e continuo tendo força e vontade de jogar principalmente por eles.
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