4º título consecutivo da equipe foi conquistado em
casa e com placar elástico de 5 a 0
A APADV/São Bernardo conquistou o tetracampeonato
paulista de futebol de 5, esporte para cegos, diante da equipe do CESEC, em
partida disputada na tarde deste sábado (01/12) no CREE Luiz Bonício, em São
Bernardo. O time que conta com o atleta paralímpico Émerson de Carvalho venceu
a equipe da Capital por cinco a zero.
O time da casa comandou todo o jogo e abriu quatro gols
de vantagem logo no primeiro tempo, marcados por Ivan, Maurício e Fabrício –
que conferiu duas vezes. No segundo tempo, Ronildo fechou o placar, com um
chute de longe, sem defesa para o goleiro do CESEC
“Esse título coroa um ano muito importante, pois estarmos
entre os quatro melhores times do Brasil, ficamos em terceiro no campeonato
regional. Além disso, tive a felicidade de me sagrar campeão das Paralimpíadas
de Londres, que é algo indescritível”, destacou Émerson.
Quem esteve presente ao jogo foi o ex técnico do
APADV/São Bernardo, Ricardo Robertes, que afirmou estar torcendo para o time da
casa. Robertes fez parte da comissão técnica da seleção durante as
paralimpíadas. “No momento estou estudando alguns projetos, mas as
possibilidades de eu voltar para a APADV são grandes. Há também um projeto com
adolescentes que estou analisando”, disse.
Viver de esporte paralímpico
Atualmente, muitos dos atletas paralímpicos são obrigados
a se dedicar a outras profissões e terem o esporte como uma segunda opção.
“Mesmo com a bolsa do atleta paralímpico, oferecida pelo governo federal,
precisamos ter um trabalho paralelo, pois a profissionalização é algo que irá
acontecer em médio prazo”, destacou Émerson de Carvalho.
A bolsa no valor de R$ 3,1 mil é oferecida para os
atletas que foram campeões nas últimas Paralimpíadas em Londres. “Houve um
atraso na inscrição. Para este ano, as inscrições devem ocorrer somente no
final de 2013 e o pagamento em 2014”, afirmou o atleta.
Carvalho disse ainda que o cenário está mudando e que,
até 2016, a previsão é que mais patrocinadores estejam interessados em ligar
suas marcas a atletas paralímpicos. “Em Pequim ficamos em nono no quadro de
medalhas. Em Londres, neste ano, subimos para sétimo. Temos de manter esse
ritmo e para isso precisamos que os incentivos apareçam. Com os próximos jogos
sendo disputados no Brasil, o panorama é favorável”, avaliou.
Robertes também acredita nesse cenário favorável e que
com isso os bons resultados continuem aparecendo. “Fomos tricampeões
paralímpicos de futebol de 5, além de sermos os atuais campeões mundiais. A
tendência é que o cenário melhore e se profissionalize no futuro”, destacou.
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