segunda-feira, 11 de março de 2013

São Bernardo na rota dos grandes eventos

Após quatro anos como diretor de Esportes de São Bernardo e também técnico do time feminino de vôlei da cidade, José Alexandre Pena Devesa, ou simplesmente Zé Alexandre, assumiu cargo no alto escalão no Paço em 2013 e terá a responsabilidade de conduzir a área de Esportes e Lazer na segunda gestão do prefeito Luiz Marinho.


Secretário de Esportes e Lazer - José Alexandre
Ele substitui José Luiz Ferrarezi - que deixou a secretaria para assumir uma vaga na Câmara de Vereadores -, e conta com R$ 25 milhões de previsão orçamentária (R$ 2,8 milhões separados para o esporte de alto rendimento) para gerir a pasta neste ano e finalizar projetos como os centros de atletismo, handebol e de ginástica, além de iniciar o de canoagem. Ele acredita que o município terá algum equipamento escolhido para aclimatação aos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e tem grandes chances de ser uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014. "São Bernardo passou a ser rota dos grandes eventos no País."
DIÁRIO - Qual é o principal objetivo a frente da secretaria? Como é substituir Ferrarezi, avaliado positivamente?
JOSÉ ALEXANDRE PENA DEVESA - Temos que desempenhar excelente papel, ser governo de continuidade. Vamos trabalhar muito para consolidar o que foi feito alinhado com o nosso plano de governo e vamos buscar cumpri-lo na íntegra.
DIÁRIO - Nesses primeiros meses, quais as principais dificuldades que você observou?
ZÉ ALEXANDRE - É situação nova para mim. Já fui diretor de Esportes em Diadema e trabalhei na diretoria de alto rendimento em São Bernardo. Mas não enfrentamos dificuldade, porque estamos dando continuidade às atividades desenvolvidas.
DIÁRIO - Em relação aos Jogos Abertos, São Bernardo caiu na classificação na última edição (quarto lugar), após conquistar o título em 2011. Tem algum projeto ou parceria para voltar ao topo?
ZÉ ALEXANDRE - Estamos apostando nas questões das parcerias para financiar o esporte de alto rendimento para conseguir resultados de maior expressão. Queremos brigar pelas primeiras colocações, mas dependemos dessas parcerias e projetos em âmbitos estadual e federal. Temos a parceria com a Metodista no handebol feminino e masculino e no basquete masculino, além de projetos em tramitação estadual e federal para o futsal, vôlei, judô, luta olímpica e vôlei de praia. Dependemos desses projetos.
DIÁRIO - O vôlei da cidade teve bom destaque nos últimos anos, mas nesta temporada o time feminino fez campanha ruim e o masculino suou para se classificar (na Superliga), apesar das boas médias de públicos. Existem conversas para novas parcerias?
ZÉ ALEXANDRE - Lembrando que o segundo jogo do São Bernardo contra o Rio é aqui (terça-feira, às 18h30). Sobre a pergunta, mantivemos as categorias de base, infanto, mirim e infantil. Procuramos parceiros para dar sequência. Temos a intenção de permanecer com as equipes, mas dependemos de parcerias. Também estamos aguardando projeto incentivado para o feminino na esfera estadual, e no masculino, na federal. Essa possibilidade (de a cidade ficar sem equipe na próxima temporada) existe porque não temos renovação com patrocínio. O nosso finda agora com a Superliga, mas existe interesse muito grande em continuidade do projeto e não estamos medindo esforços para manter os times.
DIÁRIO - Como está o processo das reformas do 1º de Maio?
ZÉ ALEXANDRE - Está em processo de elaboração de projeto (da reforma dos vestiários) e dar start nas benfeitorias, na qualificação do espaço. Sobre o aumento do setor das arquibancadas, temos que realizar outro estudo e essa é uma conversa que pode aguardar um pouco. A principio, vamos qualificar vestiários.
DIÁRIO - Em relação a ser subsede da Copa, você está confiante (o Estádio 1º de Maio está na pré-lista da Fifa)?
ZÉ ALEXANDRE - São Bernardo tem perfeitas condições devido à qualidade do nosso equipamento, especialmente a parte do campo. A possibilidade é muito grande. Costa do Marfim, França e México já realizaram vistorias e gostaram do projeto, principalmente depois de mostrarmos como vai ficar o estádio após as reformas dos vestiários.
DIÁRIO - Como você enxerga a parceria com o São Bernardo FC? Vai continuar fortalecendo futebol amador da cidade?
ZÉ ALEXANDRE - O São Bernardo FC é um dos nossos principais parceiros. Atendemos cerca de 6.000 crianças no Projeto Tigrinho. Queremos não apenas a manutenção, mas o fortalecimento da parceria. E também trabalhando juntos para a permanência da equipe na Primeira Divisão do Paulista. No futebol amador, tivemos na Copa Verão 138 equipes inscritas, que não são filiadas junto à Liga. Precisamos realizar congresso técnico porque estavam previstas 96 equipes. Ainda temos as competições de futebol amador, com os clubes filiados.
DIÁRIO - A cidade já recebeu jogos da Seleção de Vôlei, o Mundial de Handebol, entre outros. Competições ou partidas importantes devem voltar à cidade?
ZÉ ALEXANDRE - Nós temos parcerias com as confederações. O intuito é trazer grandes eventos do atletismo e da ginástica artística. O centro de handebol ficará aqui e acredito que os grandes eventos dessa modalidade passarão pela nossa cidade. São Bernardo se transformou em rota dos grandes eventos. O intuito é continuar a sediar esses grandes eventos. Temos uma etapa do judô estadual, neste mês.
DIÁRIO - Como está o andamento das obras nos centros de atletismo, de handebol, de ginástica e de canoagem (os três primeiros são construídos no antigo clube da Volks)?
ZÉ ALEXANDRE - A previsão de entrega do centro de atletismo é no primeiro semestre. Será um espaço bem qualificado para a modalidade, com raias cobertas. O de ginástica artística também é no primeiro semestre. Do handebol será entregue no final do ano. Sobre o centro de canoagem, estamos vencendo as etapas, acredito que tenhamos a sequência do projeto. Na verdade, transferimos o projeto do Parque Estoril para outra área próxima, que precisa de novas adequações.
DIÁRIO - Confia que a cidade terá algum desses equipamentos escolhidos para aclimatação aos Jogos Olímpicos?
ZÉ ALEXANDRE - Tenho bastante convicção para isso, porque teremos equipamentos de primeira linha. Creio que vamos ter delegações para se aclimatar, especialmente na questão do atletismo. Estamos trabalhando bastante nisso.
DIÁRIO - Qual é o principal legado que você espera deixar ao fim de sua gestão?
ZÉ ALEXANDRE - Garantir a oferta de atividade física em todas as faixas etárias. Na vivência de uma comissão interdisciplinar para detectar talentos, técnicos e lideranças que possam fomentar o esporte. O importante é ofertar em todas as faixas etárias. Nosso legado será deixar a forte prática esportiva, que a gente tire nossas crianças do sofá.
Fonte: DGABC

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisar