segunda-feira, 22 de agosto de 2011

São Bernardo leva plano olímpico a Brasília

Ideia é apresentar infraestrutura e localização estratégica da cidade

O secretário de Esportes de São Bernardo, José Luis Ferrarezi, e o prefeito Luiz Marinho, traçam uma ousada plataforma esportiva. De olho em uma das vagas para receber delegações estrangeiras na Copa de 2014 e período de aclimatação de atletas para a Olimpíada de 2016, no Rio, ambos viajam nos próximos dias a Brasília para reunião com o ministro do Esporte, Orlando Silva. A ordem é formatar uma estratégia viável que venha a sensibilizar o ministro que já deu seu aparente aval sobre as boas condições de São Bernardo quanto a sua estratégia de equipamentos esportivos.
 
Ferrarezi, Orlando Silva e o Prefeito Luiz Marinho

Serão levadas ao ministro gravações que mostram a infraestrutura da cidade, além de pontos positivos, como a proximidade da Baixada Santista, da Capital e de aeroportos. O município deve investir até o final do plano olímpico cerca de R$ 38 milhões, sendo R$ 21 milhões nos Centros de Atletismo e de Desenvolvimento do Handebol. O dinheiro virá boa parte do governo federal.

Uma parcela da subvenção de R$ 38 milhões será destinada ao Centro de Canoagem, na Billings, que ficaria pronto em meados de 2012. Além disto, outro montante será destinado para a construção de mais 15 mil lugares no estádio 1º de Maio, que teria o anel de arquibancadas fechado. São Bernardo vislumbra ainda o Programa “Petrobras, Esporte e Cidadania”, que vai aplicar cerca de R$ 130 milhões entre inúmeras cidades brasileiras que buscam consolidar equipes esportivas.

Secretário de Esportes de São Bernardo fala sobre espaços, projetos em andamento e planos futuros

O secretário de Esportes de São Bernardo, José Luiz Ferrarezi, afirma que a cidade assumiu uma verdadeira marca esportiva. Ferrarezi refere-se ao esporte contemplado desde a base, com escolinhas, equipes principais até o público idoso com atividades físicas voltadas à terceira idade.


Em entrevista ao ABCD MAIOR, Ferrarezi também diz que a cidade tem muito a comemorar já que conta com melhores estruturas, uso democrático dos espaços, além de parcerias e investimentos no alto rendimento. Leia, a seguir, trechos da entrevista.

ABCD MAIOR - Uma das marcas da administração tem sido o Expresso Lazer. Como é o projeto?

JOSÉ LUIZ FERRAREZI
- Foi algo que debatemos para a cidade em 2008, na campanha do prefeito Luiz Marinho. Propusemos algo diferenciado, que era um equipamento móvel para chegar nas escolas, nas Emebs, e também em todas as regiões da cidade. A experiência tem sido fantástica porque ele chega em regiões onde não temos equipamentos de esportes nem de lazer, é um caminhão equipado com banheiro, palco, camarim e som, que transporta os nossos agentes de lazer e tem sido para nós uma experiência marcante.

ABCD MAIOR - Quanto aos equipamentos fixos (campos de futebol, novos gramados, melhores estruturas), qual a sua avaliação, quais são as novidades e próximos passos?

Ministro Orlando Silva e o Secretario Ferrarezi

FERRAREZI
- Fico muito feliz de termos inaugurado o primeiro campo com gramado sintético (campo do Lavínia). Claro que já entregamos o novo gramado do Baetão, mas na verdade quando a gente entrega um campo como este do Lavínia não estou pensando só em campo de futebol. Com um espaço como este, você muda a cara do bairro; quem puder ver como ficou o campo do Lavínia vai entender do que estou falando: tem drenagem, gramado sintético, o campo é oficial, pode ter jogo a todo momento, até pelo fato de ser iluminado. Além disso, tem pista de caminhada e arquibancada fixa (até o Carnaval, quando é desmontada, vai para o Carnaval e depois volta para lá). Temos um salão multiuso de 500 m2, onde vamos ter atividade física para adultos, lazer para as crianças, espaço de reunião da comunidade, aula de dança de salão, capoeira e judô. Estamos, na verdade, mudando o foco dos espaços. Vamos licitar o campo do Corintinha no mesmo formato e em dezembro licitaremos o do Riacho Grande, que é uma região que tem 41 times de futebol e precisa de um espaço qualificado.

ABCD MAIOR - Isso também faz parte de democratização dos espaços, para que os locais não fiquem restritos ao futebol?

FERRAREZI - Sim. Com um espaço como este, enquanto política pública de esporte, atendemos a várias situações. Na questão da democratização, que é um ponto chave para nós, quando você tem um campo com grama sintética, há escola de futebol durante o dia, e toda noite você pode ter quatro times jogando. Isso além dos campeonatos da Liga, e também a agenda da própria Secretaria de Esportes como a Copa São Bernardo, Copa Verão etc. São Bernardo tem 40 campos de futebol. Em um primeiro momento parece muito, só que nós temos mais de 300 times cadastrados, então para poder atender todo mundo é necessário fazer esse tipo de intervenção.


ABCD MAIOR - Como estão as escolinhas de futebol e de outros esportes?

FERRAREZI - É um paradoxo. Encontramos São Bernardo em 2009 com o alto rendimento, mas sem o trabalho de base. Não tinha o elo entre a escola de formação e o alto rendimento. Nós implantamos e hoje, de atletismo a xadrez, temos todas as modalidades com formação. Hoje atendemos mais de 22 mil crianças, jovens e adolescentes nas nossas escolas de modalidades, e isso é muito consistente. Claro que o atendimento dessa secretaria não se restringe a isso, nós atendemos mais de três mil mulheres em atividade física, mais de quatro mil idosos em atividade física, mais de três mil pessoas em natação nas nossas piscinas fora o calendário esportivo. Essa cidade felizmente tem uma marca esportiva.

ABCD MAIOR - Em relação a infraestrutura, São Bernardo também tem feito investimentos. Como está essa questão?

FERRAREZI -  Esse debate é extremamente importante, mas preocupante porque demanda muito investimento. Só no estádio de atletismo  vamos investir mais de R$ 20 milhões para que se tenha o equipamento nos padrões exigidos para as grandes competições. O nosso Poliesportivo também é um equipamento que se enquadra nessas exigências. Temos R$ 12 milhões empenhados com o governo federal para o centro de handebol. O estádio Primeiro de Maio também é adequado para as Olimpíadas. Agora, há uma demanda que é o financeiro, o custeio, a manutenção de tudo e só é possível com parceiros. A administração pública sozinha não aguenta. Você precisa do patrocinador, das confederações, do ministério e do comitê olímpico brasileiro. São Bernardo está nesse cenário e a gente espera até 2016 formar atletas para a competição. Para nós seria um orgulho ter um medalhista dessa cidade.

Fonte: ABCD MAIOR

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